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Fãs de vários estados já estão em Goiânia para as homenagens de 1 ano da morte do cantor Cristiano Araújo e da namorada dele, Allana Moraes. Entre elas está a aposentada Maria Ângela Barcelos Cabral, de 64 anos, que mora no Rio de Janeiro. Ela chegou à capital e mandou fazer uma lápide para identificar o túmulo do sertanejo.
"Eu tenho mais de sessenta anos e acho que não tem idade pra gente ser fã e gostar de alguém. Eu comecei a admirá-lo por causa das músicas dele. Depois, me apaixonei pelo jeito, pela história de vida. Meu amor por ele é algo diferente da maioria das fãs, porque comigo não tem histeria, não tem loucura, tem admiração e carinho materno", afirmou a aposentada.
Maria Ângela chegou a Goiânia há uma semana e visitou o túmulo do cantor, no Cemitério Jardim das Palmeiras. Quando viu que o local estava sem identificação, mandou fazer a lápide e, com a autorização do pai do sertanejo, João Reis, instalou a placa no local.
"Foi uma forma de fazer história na história dele, todo mundo tem plaquinha no cemitério, o 'Cris' jamais poderia ficar sem", disse.
O cantor e a namorada dele morreram em um acidente de carro no dia 24 de junho do ano passado, em Morrinhos, região sul de Goiás. Cristiano Araújo estava no auge de sua carreira e reunia multidões em shows. Apesar disto, muitos fãs só conheceram a história de vida do sertanejo após a repercussão de sua morte.
A empresária Gerusa Carvalho, de 39 anos, mora em Fortaleza e está em Goiânia para as homenagens. Ela afirma que se 'apaixonou' pelo cantor depois que ele morreu. "É estranho isso, mas eu ia a todos os shows dele porque gostava do som, das letras, do ritmo. Quando ele morreu, eu entrei em choque, fico sem palavras pra reproduzir o que eu senti naquela manhã", contou emocionada.
Gerusa é dona de uma confecção na capital cearense. Ela fabrica camisetas personalizadas para o fã-clube que ela faz parte, o "Família C. A. Cris Araújo". A empresária conta que encontrou em outras fãs a força para superar a falta do ídolo.
"É bom saber que não sou só eu que sinto esta falta, esse vazio, e eu me junto ao fã-clube pra viver essa 'paixão' que sinto pelo 'Cris', disse.
Mobilização
A organizadora do grupo que Gerusa faz parte é a dona de casa Cida Silva, de 45 anos. Ela mora em São Paulo e afirma que já perdeu as contas de quantos shows do Cristiano Araújo ela participou. Após a morte dele, Cida resolveu criar uma página nas redes sociais para manter as fãs atualizadas de eventos e homenagens relacionadas à morte do cantor. Ela hoje tem quase 4 mil seguidores.
"Achei pessoas parecidas comigo nesta admiração pelo Cristiano e me sinto motivada demais para seguir com essa história. Até hoje eu não acredito que ele se foi. Por isso, continuo tentando perpetuar essa história, postando fotos, mensagens que fazem os fãs dele se sentirem mais confortáveis e abraçados por alguém que sente a mesma coisa", disse a fã.
"Estou adorando Goiás. O povo daqui é igual ao Cris, amoroso. Além de educado e receptivo, claro. Até pequi eu comi", brincou.Cida conta que a única vez que conseguiu tirar uma foto com o ídolo, teve o celular roubado e perdeu o registro. Ela está em Goiânia desde o último dia 13 e afirma que não tem data para voltar para a capital paulista.
Além de Cida, vieram também pra Goiânia a dona de uma pensão em Lavínia, Denise Ferreira, de 38 anos, e a autônoma Ismaene Silva, que mora no interior de Goiás. Elas estão hospedadas no mesmo hotel e aguardando outros fãs, que devem chegar até a próxima sexta-feira (24), data da morte do sertanejo.
"A nossa família é grande, nutrida pelo amor que temos pelo Cris e ele é um artista que tem o número de fãs que mais cresce, porque todos que vão conhecendo vão amando e se juntando a nós", afirmou a dona de casa.